quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Prá constá...

Ontem (04/11) os Paralamas do Sucesso fizeram um show-evento-seiláoque espetáculo, pela primeira vez, aqui no Acre, o que, obviamente, aconteceu na vila capital, Rio Branco. Quem trouxe foi o Marcos Frota (sobre o qual nem vou tecer comentários a respeito, quanto ao fato dele ter "falado mal" daqui...). O evento chamava-se Somos todos brasileiros.
O que não faz diferença nenhuma, já que eu não fui mesmo. A entrada foi restrita a convidados. Portanto, sim, chupei!
Aliás, chupei por que, se nem de Paralamas eu gosto?!?
Enfim.
Cheers!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

No Fim do Mundo


Então. Eu estava pensando no que escrever para este post: um artigo, uma resenha, sei lá. Mas como já estamos no embalo de games (que, acredito, QUALQUER néscio sabe que não tem nada a ver com "coisas que transformam os jovens em psicopatas", "coisa de criança" e afins...), vou falar sobre algo extremamente importante no meio: pirataria. Porém, contudo, entretanto-todavia, vou abordar o monstro de forma mais ampla, por que, convenhamos, se apenas a idústria de games fosse a afetada pelo "fenômeno", por asim dizer, todo ano um velhote barbado de roupa vermelha ia encher o saco batendo na minha janela pra me dar um jogo novo.
Vamos do começo então, moçada. Por que acontece a pirataria? Eis uma pergunta que, na minha opinião é até fácil de responder, e com outra pergunta: se um menino de rua não tem grana pra comer, ao que ele recorre em último caso? "Roubo", já gritam a galera lá do fundo. Pois então. Raciocinem.
E aí?
...
Pois é.
Antes que venham dizer que estou falando asneira, adianto que sim, TODOS têm necessidade de lazer. E lazer, como qualquer outra coisa, é diferente de indivíduo para indivíduo, indo desde àquela Contigo que tua irmã compra na banca até aquele mp3 de pagode que teu primo baixa na Grande Rede.
Opa, baixa na Grande Rede, né? Porque então tu não vai ali na Discardoso comprar o CD da banda, engraçadinho?
E aí, acho que agora deu pra entender, né?
Mas, porém, entretanto-contudo-todavia, ainda não chegamos ao ceeeeerne da questão, claaaaro! Ô cara chato, desenrola logo! Calma lá, jovem Padawan!
O mais importante é que, como praticamente tudo no Brasil, a gente paga mais do que deveria (e, em alguns casos, poderia). Pra entender isso, é necessário ter um mínimo de entendimento de economia, que não é nenhuma Hidra de Lerna, mas que graças a professores malas e economistas em geral, a gente sai da escola/faculdade sem saber pitombas nenhuma. E, tendo essa noção, em efeito cascata chegamos ao Direito Tributário (efeito que, aliás, atinge também os tributos pagos pelo gado, ovelha, rebanho povo brasileiro). E aqui é onde o bicho pega.
Vejam bem. Qual a função do Estado? Até onde sei, e graças às aulas horrorosas de TGP da faculdade é a de cuidar pra que a sociedade se mantenha coesa, sem que saiamos tomando o que não é nosso e nos matando a torto e a direito. Para isso, o ente estatal responsável necessita de fundos para exercer essa atividade. E esses fundos, claro, são pagos pelos indivíduos dessa sociedade.
Até aí, lógico, nada de errado. Afinal, se queremos que tenhamos segurança para que um bandido não entre na nossa casa e leve até aquele boneco do Batman Limited Edition, é justo que paguemos ao Estado para que ele mantenha delegacias com policiais e viaturas para efetuarem patrulhas e repreensões quando necessário. Se queremos ruas asfaltadas e iluminadas, nada de errado que paguemos para que o Estado asfalte e coloque postes de luz em cada esquina das ruas. E por aí vai.
Acho que já deu pra entender onde quero chegar, né?
Pois bem. Do jeito que está, o Estado esmaga e sufoca qualquer pretensão de qualquer um em abrir um negócio aqui no Brasil, já que, pra que se abra a empresa, "pessoa jurídica", é necessário todo um procedimento burocrático chato e caro pra dedéu. Ah, não deu certo e quer fechar? Doe um rim, meu chapa... E isso mata qualquer chance de qualquer empresa investir o que quer que seja aqui.
E, pra poder fazer tudo isso, o que o Estado dá em troca? Policiais corruptos, que são iguais ou até piores que os bandidos? Ruas sem infra-estrutura, que se eu inventar de passar de carro corro o risco de voltar a pé pra casa? Concursos públicos fuleiros, que nos exigem trabalhar o dia inteiro, mas que paga um salário que não dá nem pra pagar um aluguel, que dirá comprar um video-game de última geração ou algo que o valha?
Enfim. NADA. O Estado nos exige quantias absurdas em tudo que gastamos nosso dinheiro (e falo isso em TUDO mesmo, desde a água que tomamos até o salário que ganhamos), e não nos dá NADA em troca. Somos roubados todo dia, toda hora, e o máximo que fazemos é nos queixar do preço alto das coisas, das contas a pagar, da próxima festa que vai ter na cidade, ao passo que o país está praticamente FALIDO e NÓS é que pagamos a conta todo dia.
Mas "pera lá", que já corri um pouco da raia. Voltando ao que interessa.
Há um Projeto de Lei na Câmara para a redução dos impostos sobre games. Pra saberem mais, olhem aqui.
Outra coisa que atrapalha bastante para nós, fodidos que moramos na ilha de Lost brasileiros em geral (e acho que até pessoas de outros lugares do mundo, mas enfim), é a dificuldade pra se obter o game. Além do preço, outras coisas como o fato dele ser antigo e estar fora de catálogo, só estar disponível no exterior, a necessidade de ter um cartão internacional ou alguém que mande pra você de lá, enfim... Há tempos quero um jogo de porrada que só saiu no Japão (outro problema...), mas que, além da importação, ainda precisaria de um disco especial pra "destravar" o sistema e permitir que o padrão japonês seja aceito no meu console americano (e aí, confesso: sacanagem das produtoras! A Sony pode dar vários tiros no pé, mas nisso ela está de parabéns! Sem travas regionais!), portanto...
E ainda corro o risco de ficar sem o bicho quando ele sair de catálogo!
Finalizando: tudo bem que abordei a questão enfocando os games, mas acho que já deu pra perceber que, se medidas holísticas não forem tomadas, um mercado nacional firme de games é algo que vai ficar apenas na vontade, assim como é o de quadrinhos, filmes e outros. Reparem que EM MOMENTO NENHUM defendi a pirataria, muito menos justifiquei. Apenas apresentei fatos. E fatos, meus amigos... são fatos!
E viva a internet!
Cheers!